O que é uma plataforma de integração e como ela funciona?

Plataforma de integração

Todo sistema complexo é formado por uma combinação de subsistemas que trabalham juntos para criar um todo funcional. Em um carro, por exemplo, componentes como o motor, o trem de força e o chassi operam em conjunto de maneira coordenada para garantir seu funcionamento. No entanto, você não precisa conhecer todos os detalhes mecânicos para simplesmente dirigir.

O mesmo acontece com uma plataforma de integração: um sistema como este é composto por diversas tecnologias projetadas para conectar aplicativos e dados, facilitando a comunicação entre eles. Com essa capacidade, você pode otimizar seus processos de negócios sem precisar entender cada detalhe técnico da integração.

Porém, voltando ao exemplo do carro, se você deseja extrair o máximo de desempenho — como melhorar a eficiência de combustível, por exemplo — vale a pena compreender melhor seu funcionamento, ainda que nunca precise mexer diretamente nele. Continue lendo esse artigo para descobrir como uma plataforma de integração funciona na prática. 

O que é uma plataforma de integração?

Em um negócio, diversas operações precisam ser gerenciadas — como vendas, suporte ao cliente, gerenciamento de projetos e marketing. Cada uma dessas áreas exige o uso de diferentes aplicativos para otimizar os processos. No entanto, quando você precisa lidar com oito ou mais aplicativos sem conexão entre eles, cada um opera de forma isolada, criando “gaps” de informação.

É aqui que uma plataforma de integração faz a diferença. Ela permite que todos esses aplicativos se comuniquem e compartilhem dados, transformando um conjunto de sistemas desconectados em um ecossistema unificado e eficiente.

Como funciona uma plataforma de integração?

Uma plataforma de integração conecta diferentes aplicativos, permitindo a troca de dados entre eles, a automação de fluxos de trabalho e a orquestração de processos. Isso é possível graças ao uso de APIs e webhooks, que atuam como pontes entre os sistemas.

Mas o que exatamente são APIs e webhooks, e como eles facilitam essa integração? Vamos aos detalhes!

O que é uma API?

Uma API (Interface de Programação de Aplicações) é um conjunto de regras que permite que diferentes sistemas e aplicativos se comuniquem por meio de linguagens de programação. Pense nela como um tradutor que facilita a interação entre softwares, permitindo que eles solicitem e troquem informações de maneira estruturada.

As APIs lidam com registros, que podem ser comparados a linhas em uma planilha. Cada registro contém vários campos com informações organizadas, como colunas de uma tabela. Ao utilizar uma API, um aplicativo pode solicitar um serviço específico seguindo um conjunto de regras pré-definidas.

Embora APIs possam operar em diferentes protocolos, a maioria das APIs de aplicativos web utilizam HTTP. Esse protocolo define a URL do servidor, o serviço ou dado solicitado e o tipo de operação a ser realizada, como obter ou modificar informações. Além disso, a estrutura da mensagem segue padrões como JSON ou XML, garantindo que os dados sejam interpretados corretamente.

Com uma API, é possível solicitar um único registro com seus valores de campo, recuperar uma lista filtrada de registros, carregar arquivos nesses registros, atualizar informações ou até excluir dados, tornando a integração entre sistemas muito mais eficiente.

O que é um webhook? 

Agora que entendemos que uma API funciona como um mecanismo de solicitação e resposta — onde um cliente envia uma requisição a um servidor e recebe uma resposta — podemos explorar outro conceito essencial: o webhook.

Diferente das APIs tradicionais, que exigem que o cliente consulte constantemente o servidor em busca de atualizações, um webhook funciona como um sistema de notificação automática. Quando um evento ocorre em um aplicativo, ele envia uma mensagem para uma URL HTTP específica, informando a outra aplicação sobre a mudança.

Por exemplo, um webhook pode ser acionado quando um novo registro é criado ou atualizado, permitindo que os dados sejam enviados imediatamente para outro sistema. Isso torna o processo mais eficiente, pois elimina a necessidade de verificações constantes e reduz o tráfego desnecessário entre servidores.

Embora tanto webhooks quanto APIs utilizem HTTP, a principal diferença é que, nos webhooks, a comunicação é iniciada pelo servidor de origem, enviando dados apenas quando há uma mudança relevante, em vez de esperar que o cliente solicite informações.

Como uma plataforma de integração usa APIs?

Uma plataforma de integração aproveita as APIs dos aplicativos para enviar, receber e sincronizar informações entre sistemas. Isso acontece de duas maneiras principais:

1. Gatilho de pesquisa – monitoramento de atualizações
Muitos aplicativos disponibilizam APIs para recuperar registros e, em alguns casos, permitem filtrar dados com base em determinados campos. Uma plataforma de integração pode utilizar essas APIs para buscar periodicamente os registros que foram modificados em um intervalo específico.

A forma como essa busca é realizada depende dos recursos oferecidos pela API do aplicativo. Algumas permitem a filtragem por campos de data e hora, capturando apenas os registros adicionados ou alterados recentemente. Outras utilizam valores incrementais de ID para identificar novos registros. 

Quando um aplicativo não oferece um mecanismo de filtragem eficiente, a plataforma pode precisar recuperar todos os dados e comparar com os armazenados anteriormente para identificar mudanças.

2. Ações – Execução de operações nos aplicativos
As APIs também permitem realizar ações nos registros de um aplicativo, como criar, atualizar, buscar ou executar comandos específicos. Quando um fluxo de trabalho é criado para conectar dois ou mais aplicativos, a plataforma de integração executa cada ação em sequência, chamando as respectivas APIs com os dados configurados.

Após a execução da API, os dados retornados ficam disponíveis para uso em outras ações dentro do fluxo. Esse encadeamento garante que as informações sejam mapeadas corretamente entre os sistemas, permitindo que os aplicativos trabalhem juntos de forma integrada e automatizada.

Como uma plataforma de integração usa webhooks?

Como já vimos, webhooks são uma forma eficiente de receber notificações automáticas quando algo é atualizado em um aplicativo. Ao contrário de um gatilho de pesquisa, onde a plataforma de integração consulta periodicamente um aplicativo em busca de mudanças, um webhook funciona de maneira proativa: assim que um evento ocorre, o próprio aplicativo envia uma notificação para a plataforma de integração.

Mas como essa comunicação acontece? A plataforma de integração gera uma URL exclusiva para cada fluxo de trabalho e a registra como um webhook no aplicativo correspondente, utilizando sua API. Além disso, a configuração do webhook define quais eventos irão acioná-lo, como a criação, atualização ou exclusão de um registro.

Em casos onde a API do aplicativo não permite o registro automático da URL do webhook, a plataforma pode exigir que o usuário copie e cole manualmente a URL gerada ou utilize um gatilho de pesquisa como alternativa.

Webhooks vs. Gatilhos de Pesquisa

Webhooks são ideais para gatilhos de eventos em tempo real, garantindo notificações imediatas.
Gatilhos de pesquisa são usados quando webhooks não estão disponíveis, realizando verificações periódicas para detectar mudanças.

Enquanto as APIs podem ser utilizadas tanto para acionar gatilhos quanto para executar ações, os webhooks são exclusivamente usados para gatilhos, permitindo integrações mais ágeis e eficientes.

Como uma plataforma de integração executa fluxos de trabalho?

Assim, em sua essência, uma plataforma de integração é um mecanismo de fluxo de trabalho. Ela permite que você defina quando um fluxo deve ser acionado e quais etapas ele deve seguir para ser executado. Algumas plataformas oferecem funcionalidades avançadas, como ramificações condicionais, loops, atrasos e utilitários para tornar os fluxos mais dinâmicos e adaptáveis.

Embora os fluxos de trabalho sigam princípios semelhantes aos da programação, uma plataforma de integração simplifica esse processo ao oferecer um ambiente visual (GUI). Essa interface gráfica abstrai a complexidade, permitindo que os usuários configurem etapas intuitivamente, sem a necessidade de escrever código. Assim, é possível integrar aplicativos, manipular dados e estruturar processos com eficiência e flexibilidade.

Uma vez configurado, o fluxo de trabalho é executado automaticamente, realizando todas as ações definidas. A plataforma pode ainda registrar resultados, permitindo auditoria e depuração de eventuais falhas.

Isso significa que plataformas como o Zoho Flow combinam tecnologias avançadas para oferecer uma experiência intuitiva e eficiente para conexão de aplicações e criação de fluxos de trabalho. Compreender seus princípios e capacidades permite que você aproveite ao máximo a automação e otimize seus processos de integração. Clique aqui e saiba mais.

Texto original de Harishankar, traduzido para o português por Jessica Arruda Krieger

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